quarta-feira, 16 de junho de 2010

O que Galvão Bueno tem a ensinar empresas na era das Redes Sociais?

Amigos.

Não vou aqui descrever o case do "Cala a boca Galvão" que tomou uma projeção mundial a partir de uma brincadeira brasileira em relação ao narrador Galvão bueno (Rede Globo). Não é de hoje que o povo se irrita com os comentários do narrador nas transmissões da Globo, seja da Seleção Brasileira, Fórmula 1 ou Campeonato Brasileiro.

Se ele apenas fizesse a narração seria brilhante, pois ele dá emoção, isso não se pode negar, mas além de narrar Galvão quer comentar, fazer reportagens, trazer informações, ou seja, ele quer ser o faz tudo! E faz tudo nem sempre faz tudo com perfeição.

Me lembro da época em que Galvão teve um problema na Globo e foi transmitir a Libertadores pela Gazeta/CNT. Isso foi em 1992. Todos dizem que ele torce para o Botafogo ou para o Flamengo, ok isso não importa, mas lembro da final daquele ano em que poderíamos jurar que ele era são paulino, tamanho foi a sua torcida no gol de penalti de Raí e na defesa do Zetti no penalti batido pelo zagueiro argentino, do News Old Boys, Gamboa.

Mas o que Galvão Bueno tem a ensinar as marcas?
Que Redes Sociais são feitas pelas PESSOAS, pessoas falam, ouvem, compartilham, dão opinião e querem "fazer e aparecer" (muitas delas), por isso, ter qualquer atitude contra isso é cavar mais ainda o buraco em que está se metendo!

A postura do Galvão ontem, na minha opinião, foi excelente. Ao invés de ficar em silêncio, como ele estava desde o começõ da ação, se juntou ao Thiago Leifert - que é um cara jovem, despojado e gozador - para juntos assumirem a brincadeira, tirarem sarro e levar na esportiva. Não digo que as marcas devam entrar nas "piadinhas" dos usuários, mas devem entrar na onda ou ficarem quietos!

Lembra em nossa época de escola, que sempre tinha uma vítima que sofria com piadinhas na classe? Meu pai sempre me dizia "se tiver uma piadinha ou apelido, entra na brincadeira ou será pior". Ele tinha razão, ainda outro dia deu o mesmo conselho ao meu primo de 12 anos.

Sempre fui alto, magro e branquelo. Apelidos é o que não faltavam. Se eu ficasse nervoso com cada um deles, era minha "morte" na escola. Entrei na brincadeira, eu mesmo ligava para amigos e dizia: "Oi fulando, aqui quem fala é o (apelido)", mas zoava o pessoal também.

Mas o que Galvão poderia fazer?
Processar o Twitter, como Daniela Cicarelli fez em seu famoso vídeo na praia com o YouTube? Que culpa o Twitter tem disso? Processar o YouTube para tirar o vídeo do pássaro Galvão do ar? O que adiantaria?

Isso seria muito ruim para ele, pois ai sim que o pessoal continuaria a zoar mais ainda ele. O que se leu desde ontem nas redes - e estão lendo aqui - é que a atitude de Galvão de entrar na brincadeira foi bem pensada e mais do que isso, acertada. Daqui a pouco, a roupa do Dunga ganhará destaque no TTBr ou as eleições e o pessoal esquece. Quando se entra na brincadeira, perde a graça.

Relembramos a Xuxa, que ao invés de via Twitter dizer que a Sasha errou ao escrever "sena" com S, quis desafiar a rede e ai...

As redes são plataformas para que as pessoas gerem conteúdo, compartilhem, se relacionem entre si.

Marcas, vamos entender isso e ver qual a melhor forma de nos relacionarmos com as pessoas! Arrumar briga não é nada recomendado, afinal, o poder de viralização de uma mensagem é incontrolável!

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Abraços
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5 Comentários:

Às 16 de junho de 2010 às 14:00 , Blogger Vanessa Oliveira disse...

Compartilho da mesma opinião, gostei também da atitude do galvão e concordo com o texto em gênero, número e grau.

Parabéns, bjos e boa sorte.


Vanessa O. Santos (vanildete)

 
Às 16 de junho de 2010 às 18:20 , Blogger Mariana R. Monteiro disse...

O post foi simples, direto e eficaz como a mensagem deve ser! Que isso só reforce a força das mídias sociais, concordo que Galvão teve a postura certa, não pode ser ignorado, estar de fora é como não existir! E que fique a dica às empresas Twitter e Orkut são liderados por brasileiros porque amamos nos comunicar. Comunicar coisa boa e ruim sobre tudo!

 
Às 20 de junho de 2010 às 14:51 , Anonymous Beni Kuhn disse...

Felipe

Parabens pelo post, as pessoas na internet querem Informaçāo , relacionamento e divertimento, temos que estar preparado isso

 
Às 22 de junho de 2010 às 14:08 , Blogger Steve Pereira disse...

Grande, Felipe.
Concordo com seu ponto de vista, apesar de ter sido claramente fake o posicionamento de "levar na boa".
Mas já é um passo...

Fiz um slideshow sobre relevância, que aborda o case também.
Dá uma olhada depois. Se quiser repassar, fica a vontade.

http://www.slideshare.net/StevePereira/a-era-da-relevncia-by-stevepereira-4574790

abs,

steve!

 
Às 22 de junho de 2010 às 17:44 , Anonymous Anônimo disse...

Creio que o foco de tudo isso não seja a reação do Galvão, pois ele é muito bem assessorado, o que é interessante é a manifestação das pessoas e a transformação que a internet está proporcionando!

 

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