quarta-feira, 21 de julho de 2010

Metologia de planejamento. Qual a certa?

Amigos.

Há tempos que em minhas palestras sempre surge a pergunta (se não na hora da palestra, depois por e-mail): Felipe qual a metodologia certa de planejamento?

A minha resposta é sempre a mesma: A SUA!

Poderia finalizar esse artigo aqui, ainda mais porque acabei de lançar no Twitter (@plannerfelipe) que a idéia desse artigo é gerar uma discussão - SADIA, claro - entre profissionais da área, sejam planners ou não.

Não necessariamente um planejamento é feito por um profissonal de planejamento estratégico ou mesmo por um publicitário; sabemos que nas agências - principalmente de pequeno e médio porte - não são apenas os planners que fazem planejamento, mesmo porque nem sempre há verba para a contratação dessa equipe, por outro lado, o planner por ser uma pessoa "do mundo" acaba sendo em algumas agências um engenheiro, um antropólogo, um psicólogo, filósofo, jornalista entre outras profissões.

Na minha opinião não existe um modelo fechado de como se planejar.
Planejar não é um produto que compramos em caixa no supermercado como um pacote de bolacha. É um processo, é entendimento, é análise, pesquisa (e muita pesquisa) é ver o que ninguém mais vê, é ser criativo, é motivar a criação, é trazer tendências é ver o que é novo!

Planejar é ligar o consumidor a marca! Lembre-se disso sempre!!!!

Planejamento é um processo que em muitos casos não tem fim, ainda mais se falarmos de web. Esse processo seja ele digital, offline, promoção, ativação, branding, Redes Socias, marketing direto, relacionamento, enfim, seja a área da comunicação que estamos falando ele tem suas peculiaridades, mas a forma de estruturar é sempre a mesma:

Objetivo de comunicação
Não se vai a lugar algum sem um objetivo

Cenário
Onde vamos atuar? Não se entra em campo sem conhecer as suas condições

Concorrência
Quem devemos bater? Não se vai para a guerra sem estudar o adversário(s)

Público-alvo
Não se impacta ou se vende algo sem conhecer o que o consumidor quer.
Não se vende gelo para Esquimó, concordam?

Estratégias
Como se chegar ao objetivo? O que fazer para atingir o consumidor e o objetivo com o prazo, tempo, produto, verba, praça disponíveis?

Táticas
Como realizar as estratégias? Quais as armas que a agência tem para uma boa execução da estratégia, para que seja efetiva!

Plano de ação
Quando fazer? Como? Onde? Com quem? Em qual prazo? Em quais momentos cada ação vai ser ativada?

Retorno sobre investimento
Qual o retorno esperado para o cliente? Quantos cadastros? Qual o público estimado na ação? Quantas pessoas vão interagir? Quanto de vendas vai gerar? As vendas pagam a ação?

Bem, o "esqueleto" básico está ai.
Talvez você, amigo leitor, use uma outra estrutura, talvez use essa com algumas alterações, talvez use exatamente essa, enfim, como disse acima cadaum tem a sua metodologia ou processo.

Eu por exemplo, uso essa estrutura como básica para organizar meu pensamento, meu processo, mas avalio outras coisas além do descrito acima: por exemplo, avalio o posicionamento da marca (a qual trabalho) e a concorrência nas Redes Sociais, dentro das palavras mais buscadas do segmento, a posição da marca e concorrência nos buscadores, o que se fala da marca em Blogs e sites, mas essa é a minha metodologia, mas sou profissional de PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DIGITAL logo está no DNA do meu processo entender como a marca se posiciona na web e como meu consumidor interage nesse universo.

E você? Qual a metodologia ou processo que usa?
Vamos discutir e quem sabe chegar a um senso comum... topa?

Já está a venda o meu livro PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DIGITAL (Ed Brasport).
Adquira já o seu!


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Abraços
Felipe Morais
@plannerfelipe


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8 Comentários:

Às 21 de julho de 2010 às 20:03 , Anonymous Ericson Sobrinho disse...

O objetivo do planejamento é criar formas de chegar no resultado esperado. Com isso, concordo plenamente que não há regras e formas a serem seguidas (ao pé da letra) para um bom planejamento.
Planejamento - como o Felipe disse - é vivência, ideia, experiência; e não uma receita de bolo.
Não sei e não posso dizer que o Planner é a pessoa mais importante de uma agência, porém posso afirmar que se a agência não possui profissionais competentes para desempenhar tal função, os objetivos de campanhas serão perdidos e esquecidos.
@EricsonSobrinho

 
Às 22 de julho de 2010 às 03:30 , Blogger Fabiano disse...

Concordo que não seja necessário definir um super método, mas eu gosto de um em particular (mesmo porque não conheço muitos outros). O método Moebius. Todas as práticas de planejamento que já ouvi falar podem passar pelo método. Cada etapa, cada orçamento ou controle passa por este método.

Falo isso porque não trabalho mais em agência, onde os projetos raramente seguem um padrão metodológico, mas sim o padrão do cliente (preço e prazo). Trabalho em um Banco, onde existe a parte burocrática do negócio, onde 50% dos funcionários são de TI e sou constantemente desafiado a provar meu conhecimento. Seguir a metodologia e ter uma boa documentação me salva.

Atualmente acho inconcebível fazer um site qualquer sem o mínimo de planejamento, ou seja, sem os ítens que o Filipe citou. Quando, no futuro, alguém me perguntar o que fiz, terei alguns projetos e cases de sucesso (ou não) para mostrar. Mas se não tiver seguido metodologia alguma, no máximo terei alguns wireframes 'chutados', o layout do site, que provavelmente não existirá mais, e a vaga lembrança das etapas de construção do site.

E o que é essa metodologia milagrosa? Não é a metodologia que faz milagres, ela só é um guia. Quem faz acontecer ou não é a qualidade da equipe que o planner consegue envolver no projeto.

Um abraço.

 
Às 22 de julho de 2010 às 07:09 , Blogger Rodrigo Monteiro disse...

Acrescentaria uma boa análise SWOT. É fundamental conhecer as suas forças e fraquezas num mercado tão competitivo. @agenciafast

 
Às 22 de julho de 2010 às 07:44 , Anonymous Anônimo disse...

Há quem guarde a metodologia a 7 chaves. Acho isso engraçado, mas é verdade. Vejo muito medo no mercado de se falar qual metodologia se usa, como se faz etc. Vi que comentaram sobre a Moebius aqui. Trabalhei com ela no desenvolvimentodo portal do Ministério da Educação, em 2008 (pela NOIX Internet). Acho muito boa também. Na verdade, a empresa Basics (SP) trabalha com uma mais ampla chamada Web Logical Chain. É bem bacana ver. O que o Felipe escreveu acima dá bem um norte - e ainda quebra esse paradigma bobo das agência, de ter medo de falar de metodologia achando que é de outro mundo. No meu blog, falei também de algumas (Metodologias gerais de gestão e desenvolvimento http://bit.ly/4qTpkW >> e Metodologia para Portais Web http://bit.ly/9cuXNy). Concordo com o que o Felipe falou outra vez, que para o planner vale muito mais pensar e olhar. Bem, foi essa minha colaboração. Abraços! Ah, Felipe, acrescento aí no que escreveu um "plano de contingência", para nos assegurarmos de que, em qualquer problema, já temos uma idéia de saída pensada. Até mais!

 
Às 22 de julho de 2010 às 11:33 , Blogger Tales D'Angelo disse...

Fala Felipe, tudo bem? Legal sua iniciativa de discutir sobre planejamento. Mas é como você e alguns disseram: cada um faz o seu.

No meu entender, não falar sobre como um planejamento é feito é uma das maneiras de se precaver de cópias, sejam elas descaradas ou veladas. Falo isso porque o trabalho em agências de propaganda me ensinou que a cópia/adaptação é muito recorrente e até os clientes incentivam a prática.

O método de cada um fazer seu planejamento é um trunfo, na verdade. Afinal, existem planejamentos que são aprovados e outros que não são dependendo dos costumes do cliente que aprova. Tem gente que eu conheço que prefere dar ênfase em uma apresentação e tem gente que prefere dar ênfase na parte escrita. E tem gente que não consegue aprovar nenhum planejamento simplesmente porque não sabe planejar, mesmo.

Mas vamos ao meu método. Para falar a verdade, o meu método tem um conceito bem diferente do que você apresentou. Na hora de confecciconar, puxo para a frente do documento toda a parte de Análises para o cliente perceber que eu entendo dos problemas pelos quais ele passa. E esta análise vai além do SWOT. Faço uma análise por mercado, por setor, por segmento, por concorrência, por público-alvo e por cenário (micro e macro).

Será toda esta análise que vai basear os Objetivos (sim, pode ser mais do que 1), as Metas de cada objetivo e o Público-Alvo do projeto (nem sempre o público-alvo do cliente é o público-alvo do projeto).

Depois disso descrevo as Estratégias, Táticas e Descrição das Ações. Fecho o planejamento com Valores e Prazos.

É um planejamento simples, na verdade. Ele foi feito para dar enfoque na parte de análises e que, no decorrer do descritivo do planejamento, será lembrado de acordo com a necessidade da solução dos problemas citados nas análises.

Mas comentando um pouco sobre os outros planejamentos, o maior problema que eu percebo nos planejamentos que não demonstram o conhecimento dos problemas do cliente, no entanto, é a falta de reconhecimento da necessidade do trabalho de pesquisa, seja por parte de quem planeja, ou por quem simplesmente julga um planejamento.

É isso, no fim das contas, que faz com que nosso trabalho seja cada vez menos valorizado. Ainda hoje vejo muita agência de todos os portes fazendo um planejamento qualquer, mostrando objetivos, metas, ações e as empresas aceitam estes planejamentos furados porque não sabem exatamente em que ponto estão.

Ou seja, o fato de falar sobre planejamento não significa que estes melhorarão... tem muito profissional meia-boca no mercado.

Abs.

 
Às 22 de julho de 2010 às 15:58 , Anonymous Antonio Mafra disse...

Achei perfeito. Apesar de eu não ser um planejador de profissão, sempre tento fazer com que todo o documento seja uma bússola orientadora para os projetos de comunicação do qual faço parte.

Ter isso para entender em qual ambiente seu negócio está inserido e como você pode atuar de forma diferenciada dos concorrentes, é o pulo do gato para se ter um bom planejamento.

Pra mim o planejamento é necessário não para ser uma regra, mas sim um orientador, se você construir algo que facilite a execução, essa metodologia que fez, basta para você seguir em frente.

abs
Antonio Mafra

 
Às 22 de julho de 2010 às 19:16 , Blogger Saulo Sales disse...

Massa! Muito bom explorar essa questão "esqueleto" do planejamento. É uma parte do leque interessante e que não se limita (pra quem pensa em passar aqui e achar que já sabe como fazer o planejamento do cliente!), pois pra cada situação, um modelo e uma abordagem nova na tela do seu computador!
Nunca lancei um artigo assim no blog por isso: muitos poderiam levar pro lado tendencioso e acabar se prejudicando e prejudicando nossa área, ou seja, prejudicando à nós.

Mas vou postar um modelo, já utilizado por mim, (como eu disse, as coisas mudam de acordo com o movimento=cliente=público, mas a base será a mesma.) pra não fugir do post do Felipe.

Cenário Mercadológico
Problemas e oportunidades
Posicionamento
Estratégia de Marketing
Estratégia de Comunicação
Distribuição
Público-alvo
Controle, execução e cronograma de ações
Avaliação de resultados

Claro, existem ferramentas que vão ajudar a deixar o PLANO pronto para ser executado! Posso citar mais 3 ou 4 modelos aqui e nenhum irá se alinhar ao seu problema. Então a dica que fica é: Crie o seu!
Abraço.

 
Às 23 de julho de 2010 às 12:51 , Blogger Gustavo Zanotto disse...

Oi Felipe e demais, tudo bem?

Então, aqui na agência criamos uma metodologia própria de planejamento.

Como diz o artigo cada um tem a sua e nós criamos a nossa.

Temos por principio antes conhecer as pessoas (público-alvo), criar objetivos para elas, montar estratégias para cada tipo de público a ser atingido e por último entender qual a tecnologia mais adequada para alcançar os resultados.

Gostamos muito de entender quem é o público-alvo de nossos clientes e a partir daí é que começa todo o nosso trabalho. Sendo bem exato o básico é o que esta no artigo do Felipe, o recheio cada um faz o seu.

Excelente artigo este Felipe.
Abraços.

 

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