quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Acabou a criatividade?

Amigos

Antes de começar o artigo quero dizer que estou muito feliz com o sucesso desse blog, mais uma vez ele superou os 2 mil Unique Visitors - algo que vem acontecendo desde novembro passado - o que agradeço a cada um de vocês!!

Além disso hoje soube pela Editora Brasport que o meu livro PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DIGITAL vendeu exatos 120 exemplares no último trimestre, o que é praticamente uma venda por dia! Espero repetir isso no próximo trimestre.

Mas voltando ao tema do Blog, ultimamente tenho me perguntado se a criatividade da propaganda brasileira, sempre tão premiada em Cannes e elogiada no mundo todo está acabando. Estamos a muito tempo entre as 5 maiores potencias criativas, não há dúvidas.

Se eu ficasse aqui fazendo uma lista das melhores propagandas nacionais, passaria dias escrevendo sem parar, mas para exemplificar vou colocar aqui alguns da minha lista:

A semana - Revista Época (o meu favorito)
Hitler - Folha de São Paulo
Batatinhas - Postos Ipiranga
Vôo para Argentina - Gol

Vendo todo esse material, e olha que esses são apenas alguns dos exemplos que lembrei agora, fico pensando: será que não mais veremos um novo Washington Olivetto, Nizan Guanaes, Marcelo Serpa, Alex Perisinoto, Petit, Zaragozza, Celso Loducca entre tantos outros grandes criativos?

Quando vejo propagandas (que por ética não vou citar os nomes das marcas) eu fico pensando: O que as faculdades estão ensinado? Será que a culpa é do criativo que cria ou do cliente que aprova? Será que esse pessoal não estuda o anuário de criação para ver o que pessoas como os acima citados, e me permito falar novamente do Olivetto, o qual é o publicitário que mais admiro, estão fazendo ou já fizeram?

Na rádio então, a criatividade está beirando o zero. Décio Clemente, um dos grandes nomes da nossa propaganda, possui um programa na Rádio Jovem Pan onde ele apresenta jingles antigos das décadas de 50,60,70... tem alguns que emocionam muito, pelo seu som, texto, pela preocupação que as marcas e agências tinham na produção, pela emoção que passam.

Rádio não tem imagem,por isso, a locução tem que ser o ponto forte. O Consumidor tem que se imaginar voando para Porto de Galinhas sem ver uma imagem do sol, da praia, da cerveja gelada....

Como todo paulista, ficar horas no trânsito é comum, logo, acabo sendo um ouvinte de rádios, principalmente da AM, onde além das notícias gosto de ouvir os jogos do meu São Paulo F.C, quando os programas que ouço entram nas propagandas (e vamos excluir as políticas, porque por mais ruins que sejam, ainda estão melhores que de muitas marcas) a vontade é de chorar, mas não de emoção e sim de raiva.

Tenho ouvido muita, mas muita mesmo propaganda ou Spot melhor dizendo, que é irritantemente ruim. Texto sem graça, musica sem emoção, piadinhas que em 1912 já eram antigas e sem graças e mesmo assim ouve-se 10,15 vezes por dia no rádio, o que na minha opinião só mostra que a preocupação das agências está mais na veiculação do que na produção.

As agências não estão totalmente erradas, afinal, elas lucram com a bonificação por volume (BV), mas os clientes deveriam frear isso, pedir que as agências abrissem mão de 5 ou 6 inserções para reaplicar a verba em uma melhor qualidade na produção.

Rádios AM - que não tem nada com isso, pois a sua obrigação é no conteúdo que entregam para os ouvintes e não na qualidade da propaganda que veiculam - estão sendo massacradas com a má qualidade dos Spots que recebem. As rádios vivem de propaganda, logo, se o cliente paga em dia e o produto não é ilícito, azar do produto se não vender.

Comunicação, propaganda, publicidade não vende nada!!!
Ela incentiva o consumidor, despera o interesse nele em ir ao ponto de venda (que pode ser um shopping, supermercado, internet, a lojinha do seu Zé na esquina de casa) a conhecer mais o produto, por isso, a propaganda tem que ser emocional, tem que envolver o consumidor.

O que tenho visto por ai, são propagandas que dão tanta raiva que afugentam o consumidor !!!

Já está a venda o meu livro PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DIGITAL (Ed. Brasport) Adquira já o seu!

Participe da 1a rede para Planners Digitais do Brasil

Abraços
Felipe Morais
@plannerfelipe

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1 Comentários:

Às 3 de setembro de 2010 às 06:39 , Blogger Fabiana Makiyama disse...

Vou puxar um contraponto: a gente cresce. A maturidade traz conhecimento. O que era novidade num primeiro momento deixa de ser no segundo, terceiro... Enquanto é novidade, sempre vai encantar. O encantamento muda com a mudança do nosso olhar.

Recentemente vi ótimos anúncios na televisão - e, sim, uns bem ruinzinhos também.
O melhor nos últimos tempos, pra mim foi o "Lama Rejuvenesce" para divultar a Pajero TR4. Admito que não vi se era nacional - parecia.

Acredito que, em primeiro, há essa mudança de ótica. E tem um ponto em que as faculdades têm tocado muito: nem sempre o que é criativo demais é efetivo. Quantos anúncios super-hiper-ultra criativos são lembrados pelo anúncio em si, mas nunca lembramos da marca ou mesmo do produto que divulgavam. Ou seja, a relação que se desejava estabelecer entre o conceito e o produto/marca não acontece.

Para mim, um dos anúncios mais legais era o da Bala de Leite Kids. Divertido, bela música. Mas eu não gostava de balas, então, sabia a música mas não me dava vontade de chupar as balas.

Por outro lado, dois anúncios que me faziam consumir de fato era o do chokito (bem divertidos na época) e do Prestígio - esse é campeão. Nada criativo, mas eu que não gostava de côco, ficava com vontade de comer Prestígio! E ia no bar da esquina, comprava e comia! Imagine isso!!! Passei a gostar de côco por causa de um anúncio de tv. Que horror!

Hoje, os anúncios que mais me estimulam a comprar (independente da criatividade) são os do Boticário. Os de sorvete também, quando tem (como esses de corneto, magnum, mega e Cia) e, mesmo sendo anúncios ruins, os de cerveja.

 

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