segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Pageviews não é métrica

Amigos.

Quando a Internet surgiu como plataforma de negócios, digamos há uns 15 anos atrás, medir a quantidade de páginas vistas era interessante. Primeiro porque era algo totalmente novo, depois porque não se tinha tanto o que mensurar, uma vez que além dos sites serem grandes “folders digitais”, não se tinha muitas pessoas com acesso a Internet.

Hoje a história é bem diferente. Com o crescimento dos sistemas de métricas é possível mensurar muito mais o que acontece na web, aliás, é preciso fazer isso se quisermos medir qual a performance do site com o qual estamos trabalhando. Profissionais de planejamento estratégico digital são os grandes responsáveis por transformar toda essa métrica em estratégias de ação.

Sempre digo em minhas aulas que “planners transformam dados em informação estratégica” e métricas são essenciais para isso, entretanto o mercado anunciante ainda tem uma resistência em medir o que se acontece no site, acreditando que métricas servem para banners em campanhas ou que usando o Google Analytics resolve. Pensemos além disso.

Não serei nenhum louco a criticar uma ferramenta do Google, mesmo porque eu a utilizo em campanhas (imposição do cliente) e no meu blog (plannerfelipemorais.blogspot.com). Usar Adservers em campanha é algo fundamental, pois são essas ferramentas é que mostram a performance da campanha, então porque não medir a performance do site?

É preciso medir sim essa performance, ou na minha visão, o trabalho fica incompleto, fica pela metade. O Googla Analytics nos traz informações interessantes sobre as ações. Sabemos quantas pessoas vieram ao site, de onde (Google, direto, Redes Sociais...), quanto tempo ficou, qual horário as pessoas entram mais, páginas mais vistas. Até ai, ok, mas precisamos saber mais e a Internet pode mais!

Imagine o quanto um anunciante não ia ficar feliz em saber que sua loja física aumentou em 15% as visitas e 20% as vendas porque 30 pessoas foram impactadas pela campanha na revista, 200 na TV, 100 no rádio. Saberia exatamente qual a revista ou programas (TV e Rádio) a pessoa tinha ido, saberia que 120 pessoas chegaram a loja porque viram na vitrine o que queriam e mais 250 foram indicadas por clientes. Isso seria maravilhoso, certo? Então, na web isso é possível a muito tempo.

Não creio que esse mesmo lojista ia gostar apenas de aumento em visitas a loja, imagina a frustração do dono da loja ao investir na mídia, levar um grande número de pessoas na loja, que vão visitar cada departamento, ver cada um dos produtos e não comprar nada. O lojista vai querer vender!

Medir pageviews é a mesma coisa. Anunciantes que acreditam que pageview é métrica, na minha opinião, estão atrasados com relação ao momento 2.0, 3.0, 4.0 que seja, que estamos vivendo na Internet. Estamos vivendo uma era que até Unique Visitors podem ser questionados. Vivemos uma época de performance da web, e performance passa, basicamente, pelo conceito de conversão! Sem conversão, não há resultado e logo não se mede retorno/performance algum.

Planners, comecem a pensar além de pageview, unique vistior e Google Analytics. Vamos defender com unhas e dentes aos nossos clientes mensurar o retorno, a performance do site. Melhor 100 pessoas entrando e convertendo (seja o objetivo que for) do que 1.000 curiosos que entram no site e não fazem nada, além de dar um ponto para pageview!

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Abraços
Felipe Morais
@plannerfelipe

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4 Comentários:

Às 10 de janeiro de 2011 às 06:23 , Anonymous Danila Dourado disse...

Bom texto Felipe, instiga uma boa reflexão sobre o ROI na comunicação digital. No entanto, acredito que pageviews pode ser considerado uma métrica, dependendo do objetivo que o cliente estabelecer ao realizar a comunicação. Se o objetivo dele for estritamente institucional, almejando apenas o conhecimento da marca, o pageviews pode ser um indicador válido. Já que ao acessar o site, o usuário será impactado pela marca – mesmo que minimamente – e acabará despertando a consciência para a existência da mesma.

São muitos indicadores que poderão ser utilizados para mensurar e, consequentemente, avaliar resultados, a depender dos objetivos de comunicação pretendidos.

Parabéns pelo blog.

Abraço,
Danila Dourado

 
Às 10 de janeiro de 2011 às 16:30 , Anonymous Gerson M disse...

É triste ver que boa parte das empresas na internet ainda nem sabem atender ao telefone e já querem ser o máximo na internet.

A verdade é q poucos profissionais conhecem e sabem configurar minimamente as ferramentas de webanalytics. E as agências, na carência desses profissionais, no máximo conseguem vender um Google Analytics com um relatório automático por mês pro cliente.

Configurar um funil, setar metas, analisar origem da conversão... quem sabe daqui a 10 anos.

Certa vez ouvi numa palestra com gringos que o Brasil está 5 anos atrasado em relação ao mercado de Search americano, mas vendo o amadorismo de algumas empresas e agências, acho que estamos mais longe ainda.

ótimo post

 
Às 13 de janeiro de 2011 às 19:34 , Anonymous Déborah disse...

ATé q enfim alguém q pensa igual a mim rsrsrs faz um século q eu falo isso!

 
Às 14 de janeiro de 2011 às 05:06 , Anonymous Gabriel Novaes disse...

Bom texto. Bem ao estilo do Avinash.

Um gde abraço

Gabriel Novaes @onovaes

 

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