quinta-feira, 4 de outubro de 2012

E-commerce: além das guerras de preços

Amigos.

Tive o prazer de dar aula de E-commerce no curso de Mídias Digitais do SENAC em São José dos Campos no mês de Setembro de 2012. Classe sensacional com alunos espetaculares, alunos que dão ânimo para você dar aula. Debatem, trazem case, se mostram interessados! Esses eu tenho certeza que terão um futuro promissor e rapidamente!!!

Durante alguns dias, vou postar aqui alguns artigos deles. O meu trabalho para eles foi pedir um artigo sobre e-commerce. E vieram alguns fantásticos. Os que me autorizaram, estou postando aqui no blog. Segue abaixo o primeiro da série:


Não há como negar mais o fato de que a internet é um canal de vendas importantíssimo para as empresas. Sejam elas pequenas,médias ou grandes, o e-commerce faz diferença nos seus faturamentos. Há aqueles que ainda tem uma certa resistência em atuar neste meio, com crenças equivocadas que dizem que nem tudo pode ser comercializado pela grande rede, ou que consumidores ainda não aderiram de forma considerável.

Grande erro de pensamento e estratégia empresarial para os que pensam assim. A cada dia vemos surgirem novas empresas comercializando on-line produtos de todos os tipos, que nos surpreendem e que muitas vezes fazem grande sucesso. Daí vem alguém e pergunta: “Como não pensei nisso antes? 

Como que eles conseguem?”
A resposta é que as empresas que atuam neste mercado estudam profundamente seus consumidores, seus hábitos e comportamentos. Estudam o ambiente em que vivem,e o que poderia tornar a vida de seus clientes  mais fácil, além de melhorar a experiência e relacionamento com a marca. Quem não já ficou irritado ao ficar muito tempo procurando vaga em um estacionamento de shopping para parar o carro? Quantas pessoas tem tempo de visitar várias lojas para fazer pesquisas de preços de produtos? Acredito que com nossas vidas agitadas poucas pessoas. Tempo é dinheiro e comodidade. 

Consciente deste cenário o Magazine Luiza procurou ir além da comunicação trivial das empresas de e-commerce. O portal possui promoções, descrição de produtos, boa logística de entrega, mas conta com a Lú.  A Lú é um personagem criado pela empresa que esclarece dúvidas e dá dicas de utilização de produtos. Por exemplo, está interessado em uma Smart TV?  A Lú explica tudinho. Ela explica sobre as entradas e saídas disponíveis e para que servem, como se conectar e navegar pela internet, as diferenças entre as tecnologias das marcas, etc. Cama, mesa e banho?  A Lú explica como escolher o melhor colchão, sobre fios e tramas das toalhas, e como evitar os ácaros em casa. Dia das crianças? Lú explica como educar brincando. Ou seja, a empresa tem como objetivo vender seus produtos, mas agrega valor ao seu portal de vendas, a Lú torna-se uma consultora. 

O consumidor acaba tendo um relacionamento com a marca, que passa a ser fator decisivo na compra. Através desta consultoria a marca também acaba, de uma certa forma, humanizando a relação. Fica a sensação que a marca está preocupada em me ajudar e me transmitir informações relevantes, e não só me empurrar produtos.

Ações como esta contribuem muito para o crescimentoe amadurecimento do mercado do e-commerce. Há empresas que só atuam no meio on-line. Há empresas mistas com canais físicos e virtuais. Sendo só virtual ou mista, o importante é que em alguns anos a internet movimentará mais dinheiro que o comércio de lojas físicas. Por menor preço, por comodidade, por tempo, o consumidor irá preferir os meios on-line. O sucesso estará acompanhando as empresas preparadas para “conversar”e se relacionar com seus consumidores.

Marcelo Cirino
Pós-graduando em Gestão da Comunicação em Mídias Digitais – Senac São José dos Campos. 1/10/2012 - marcelo.cirino@gmail.com