terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Um livro, uma aula de gestão

Amigos.

Começo esse post, o primeiro do ano, desejando que 2014 seja muito bom para todos vocês, muita paz, alegria e saúde!

Ainda em férias, estou finalizando a leitura de um livro sensacional, que como disse no título desse post, é uma aula de gestão. 

De tão empolgado que fiquei com o livro, cheguei a trocar alguns e-mails com seu autor David Beasley e com o personagem do livro, Sr. Neville Isdell, Ex-CEO e presidente do conselho de uma das marcas que mais admiro e consumo, a Coca-Cola, aliás, quem me conhece pessoalmente sabe que sou um grande consumidor da marca.

Isdell ensina no seu livro como gerir uma empresa com conceitos básicos como:

  • Conhecer profundamente o negócio
  • Conhecer as culturas locais
  • Valorizar os funcionários
  • Ter pessoas espetaculares ao seu lado
  • Conhecer bem as politicas e filosofia da empresa em que você atua
Basicamente, Isdell passou a sua vida resolvendo problemas na Coca-Cola pelo mundo. Morou na África, Alemanha, Filipinas - onde teve seus maiores desafios - Austrália entre outros países até chegar a Atlanta, sede da empresa. Isdell, aposentado e morando em Barbados, estava tranquilo com a sua aposentadoria, mas de novo, seria chamado para resolver problemas na Coca-Cola. 

Valem no livro, alguns ensinamentos como o da empresa, qualquer que seja, não viver sem as pessoas, pois elas são importantes!!! Mais do que produtos, o que faz a diferença são pessoas, por que hoje, produto pode ser facilmente copiado na China com 1/5 do investimento!

Hoje temos visto empresas que não ligam para seus funcionários e não enxergam como isso acaba com a reputação da marca. Não adianta em nada, diretores e executivos formados em grandes universidades, poliglotas, grandes mentes se no dia-a-dia com o consumidor, um funcionário desmotivado e despreparado é quem representa a sua marca frente ao bem mais precioso da empresa: Clientes.

Lendo esse livro me deparei com 2 histórias sobre o que mencionei acima. De um lado, um aluno meu de Campinas, detonando o Burguer King da cidade pelo péssimo atendimento. Ele pediu um lanche, a atendente entendeu e anotou errado. Ele pagou - sem ver que estava errado - ao receber o sanduíche, foi reclamar e ouviu que não estava nada errado e por isso não trocariam. Ele não apenas abandonou o lanche como jogou essa crítica no Facebook que gerou uma repercussão interessante. Se isso acontece no Mc Donalds, principal concorrente, sem pensar o funcionário trocaria o lanche, mesmo que meu aluno tivesse comido mais da metade do mesmo.

Outra história foi vista, acredito que por muitos de vocês, na entrevista que Luiza Trajano deu ao Globo News, onde ela acabou com o babaca do Diogo Mainardi dando uma aula de varejo no Brasil, mas nem é isso que vale nessa curta história e sim o que ela contou a sobre a sua uma amiga japonesa que viajou com ela para Nova York e que não comprou nada na viagem, mas que em uma farmácia, ela foi tão bem atendida que acabou gastando quase 500 dólares em perfumaria e quando Luiza, estranhando o comportamento, perguntou por que ela comprou tanta coisa, a amiga respondeu: pelo atendente.

Mas voltando ao livro, que aliás deixo CLARO que não estou ganhando um centavo por isso, apenas passando a minha visão sobre a obra e indicando aos meus amigos do Blog e mais ainda aos meus queridos alunos e alunas, Isdell mostra como estudar é sempre bom e preciso. 

Ele conta, por exemplo, que por conhecer a cultura local de algumas regiões, pode criar situações que geraram negócio para a Coca-Cola, as vezes, negócios milionários. Também mostra como dominar o que se faz é de suma importancia para as negociações, mostra situações onde ele propôs uma ideia, mas que a cultura do povo era outra e por isso a ideia não seria bem aceita.

Um case do livro foi a sua passagem pelo Rio de Janeiro. A Coca-Cola Brasil pretendia investir no futebol, mas a matriz, em Atlanta achava o investimento arriscado, bom, os americanos são amantes de Basquete, Roquei, Beisebal... e nós? Brasileiro tem futebol nos pés, em poucas horas, Isdell foi convencido disso e deu sua opinião a favor do projeto que saiu do papel e ganhou as ruas. É obvio que brasileiro ama futebol? Sim, mas para nós e não para o resto do mundo. Isdell mostrou, de novo, que ser humilde, ouvir o povo local e tomar decisões embasadas e não no achismo valem muito mais a pena.

Mas em que tudo isso se assemelha ao planejamento estratégico?
Muita coisa!

  • Isdell queria, o quanto mais, conhecer culturas dos locais onde ia, ou seja, conhecer pessoas e como elas agem
  • Gostava de contratar pessoas locais, que conhecia a fundo a alma do consumidor local, como compravam e como era influenciados a isso
  • Se preocupava primeiro com o funcionário, pois sabia que no dia-a-dia era ele quem estava ouvindo e vendendo ao consumidor
  • Resolvia problemas
  • Ajudava no marketing local para as campanhas da Coca-Cola que, as vezes, surtia efeito no Brasil, mas não na China
  • Pesquisava a fundo a atuação da Pepsi para achar os erros estratégicos e quando achava os atacava
  • Isdell conseguiu em locais onde a Pepsi vendia 4 vezes mais que a Coca-Cola achar uma brecha na concorrência, atacar e um ano depois ver que a Coca vendia 2X mais que a Pepsi no mesmo local

Isso, amigos, é planejamento puro! Planejamento, análise, estudos, entendimento, ações, mensurações e nunca perder o foco no que está sendo feito!

O interessante desse livro é ver que há anos, os conceitos de administração são os mesmos, mas os administradores, cada vez mais voltados ao dinheiro e lucro rápido, esquecem...

Você pode achar o livro na Saraiva:
Nos Bastidores da Coca-Cola

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Abraços
Felipe Morais
@plannerfelipe