Planejamento deve ficar dentro da agência?
Amigos
Nós, profissionais de
planejamento, contamos histórias. Basicamente é isso que fazemos. Ouvi muito
isso no mercado de grandes profissionais os quais tive a honra de ouvir, e
claro aprender. Esse conceito eu uso no meu dia a dia nos projetos os quais
participo, alías, um dos pilares da FM Consultoria de Planejamento é esse:
contar histórias. Pois bem, mas a pergunta que fica, onde estão essas
histórias? Vou lhes dizer: na rua!
Onde as pessoas compram? Onde as
pessoas conversam? Onde as pessoas comem? Onde as pessoas andam de carro? Por
mais que o Facebook, WhatsApp, Instagram tenha se tornado um mundo paralelo
onde as pessoas passam boa parte das suas vidas por lá – o Mark Zuckberg
dominando as nossas vidas – as pessoas ainda estão nas ruas. Quantas pessoas
você acha que passam pela Avenida Paulista, em uma 2a feira, as
11h30? Quantas pessoas comem no restaurante por kilo da Luiz Carlos Berrini na
4a feira, as 12h30? Em um sábado chuvoso, quantas pessoas estão em
um Shopping Center de São Paulo. E estou falando apenas da cidade, quantas
vezes isso ocorre nas outras mais de 5,3 mil cidades do país? E você ainda acha
que montar planejamento é sentar na frente do computador, pegar informações no
Google, Ibope, Hitwise ou ComScore? Jamais, digo, jamais alguém vai ouvir eu
falar mal desses canais, mas concordam que eles não são os únicos a trazer
informações? Alguém pode pensar, que além delas, basta avaliar as Redes Sociais
das marcas (cliente e concorrentes) e pronto, há todas as informações
necessárias. Siga Jon Steel, o papa do planejamento, quando ele diz para não
nos tornarmos “Google Planners”. Seguindo o mestre Steel, vá para a rua!
Gosto muito de uma outra frase do
Steel, onde ele diz, que sempre que ele conversa com um profissional para saber
onde ele teve uma grande ideia, o profissional nunca fala que teve a ideia na
frente do computador ou mexendo no Smartphone, e sim, tomando banho, andando
com o cachorro ou no trânsito. Eu, particularmente, tenho momentos criativos
desenhando ideias no box embassado do banho, mas também tenho um caderno no
carro e um no criado mudo ao lado da cama pois as vezes a inspiração vem nesses
momentos. Aposto que você também. Outro autor, que gosto muito e acabei de
comprar o seu livro (o que eu tinha sumiu...) Roberto Menna Barreto (que
infelizmente faleceu em 2015) ensina em um dos seus livros, Criatividade em
Propaganda, que após ele fazer a imersão no brief do cliente, ele ia andar no
parque, de bicicleta ou passear no shopping, e depois de algumas horas de
relaxamento, voltava para a agência – JWT, na época – e escrevia diversos
slogans para a marca. Faça isso, mas vou além, vai para a rua, a vida acontece
por lá!
No momento em que estamos
discutindo o papel do profissional de planejamento no Brasil – que na minha
opinião ainda não está definido, afinal, há agências que pedem que o
profissional seja bom em Keynote – precisamos entender que o profissional, que
precisa entender de estratégia, comportamento de consumo, mercado, concorrência
– e não de Keynote – precisa estar mais na rua e menos na agência. Eu até
defendo que para mim, o profissional de planejamento tem que ficar menos na
agência. Nesse meu novo momento com a FM Consultoria de Planejamento, eu não
tenho escritório. Eu trabalho dentro dos meus clientes, mas também na rua.
Nesse momento, estou em um restaurante, escrevendo esse artigo, mas
acompanhando 3 pessoas contando sua experiência de compra online em um
importante site do mercado. É difícil estar em todos os lugares, mas o gerente
de marketing do cliente ou o planejamento da agência precisavam ouvir o que
estou ouvindo aqui. Ia ajudar muito na condução das campanhas.
Eu reforço, nesse momento de
firmação do profissional de planejamento, do momento em que estamos migrande de
“o cara que faz o PPT” para o profissional que pensa a estratégia, precisamos
pensar em sair da agência, de viver. Planejamento precisa viver o dia a dia.
Ok, quem atua com comunicação no geral, mas como profissional de planejamento,
eu defendo isso. Tenha uma mesa na agência, mas fique pouco sentado nela.
Converse com a equipe como um todo. Não apenas na sala de reunião, sente ao
lado do profissional de mídia, social media, tecnologia, gestão de projeto,
business inteligence, métricas e claro, com seu “melhor amigo” dentro da
agência, a criação. Achei demais, quando em 2008, ao visitar o grande Ken
Fujioka na JWT, onde ele era o Head de Planejamento na época, ele me mostrou o
“trio de negócios” onde a dupla de criação ganhava o reforço do planejamento. E
como ele fazia rodizio de planejamento, onde o profissional não ficava apenas
cuidando de uma única conta, tinha repertório. Tenha isso! Repertório é
importante para o profissional, e onde achamos esse repertório? Na rua!
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Abraços
Felipe Morais
@plannerfelipe
facebook.com/plannerfelipe
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