Por quanto tempo você ainda fará a mesma publicidade?
Amigos
A ideia desse artigo não é ser
nenhum futurólogo, mas sim analisar o cenário de hoje e pensar no que pode
acontecer nos próximos 5 anos. Você acredita que o modelo de agência, em 5
anos, será o mesmo? Porque eu vejo que muitas não são mais como há 5 anos
atrás, mas outras, ainda pensam como há 40 anos atrás.
Começo esse artigo repetindo o
que já escrevi algumas vezes, uma sensacional frase da Ana Maria Nubié no
evento Top de Planejamento de 2015, onde ela disse “não passamos 70% do nosso
tempo na TV e 4% na Internet, logo, porque as verbas publicitárias ainda seguem
esse padrão de divisão?” acho que essa frase deveria mexer com todos os
gestores de marcas. Pior que eu vejo muita gente tentando mudar as coisas,
tanto nas agências como nas empresas, mas é muito difícil mudar cultura e
cabeça de diretoria. Com isso, o Brasil vai ficando para trás e quando esse
pessoal que está entendendo o novo mundo chegar ao topo da empresa, onde o
poder da palavra final é sua, o Brasil estará anos luz atrás dos EUA e Europa,
e claro, aquelas pouquíssimas marcas, aqui no Brasil, que se atentaram para
isso, bem a frente da sua concorrência? Apenas em comunicação? Não, em vendas!
Vamos a algumas coincidências:
Fiat, a marca que melhor trabalha Internet já é líder de vendas no Brasil.
Tecnisa, investindo uma porcentagem pequena da sua verba no digital vende quase
40% dos seus empreendimentos por esse canal. Boticário, na crise, vai crescer.
Sua comunicação no online é muito superior a da concorrência que não vai
crescer nesse ano. Bem, preciso de mais exemplos?
Walter Longo diz em seu livro “achar que o negócio da publicidade continua
o mesmo é uma grande miopia” note que ele diz continua e não continuará. A
vida que vivemos é diferente da que vivíamos há 10 anos atrás, logo, nosso
consumo mudou. E muito. As pessoas não tem mais o tempo que tinham, não tem
mais a vida que tinham. Nossos avós tinham uma vida, nossos pais outra, nós
outra, nossos filhos terão outras. É o ciclo da evolução da vida. Quando eu
dizia para o meus avós que tinha uma reunião as 19h, eles riam, diziam que eu
não queria falar com eles. A vida deles era uma. A minha é outra. O mundo
mudou, essa velha frase está linda, no PPT de palestras, mas no dia a dia as
agências ainda vivem do BV da Rede Globo, que cada vez mais perde espaço para
Facebook, YouTube, Netflix e Google.
Um ou outro programa da Rede
Record ou SBT bate de frente com a Rede Globo, no geral, ela é a rainha da TV.
Por anos foi assim, ela dando um “banho” na audiência das outras emissoras, e
ainda é, mas seus programas – assim como todas as emissoras – perdem audiência
a cada dia. E por que? Por causa dessa “tal internet” e seus conteúdos dos mais
diversos onde as pessoas assistem quando querem. Não precisamos mais esperar a
Sessão da Tarde, eu posso ver Lagoa Azul no Netflix as 3h da manhã de sábado ou
as 8h da manhã de uma 2a feira. Eu decido, o poder é mais meu
(consumidor) do que nunca. E vai ser ainda mais.
A internet não chegou para matar
nenhuma mídia, mas seus pilares são fortes o suficiente para ela tomar o lugar
das outras. Ela é interativa, resposta rápida, as pessoas interagem com as
marcas, as marcas geram conteúdos específicos para o canal. As pessoas estão
sempre conectadas, não vivem sem o celular. Mais de 100 milhões usam WhatsApp,
93 milhões usam o Facebook e as TVs estão ganhando outra utilidade: ser uma
tela maior para ver o conteúdo da web.
Vai mesmo, continuar no modelo:
Globo, Folha, Veja e coloca o que sobrar no digital?
Abraços e FELIZ 2016
Felipe Morais
@plannerfelipe
facebook.com/plannerfelipe
Ler ainda é o melhor aprendizado
Amigos
O fim do ano está chegando, e
muitos já começam a fazer a lista do que deixou de fazer em 2015 para fazer em
2016. Uma das minhas metas era ler 12 livros em 2015, li 14. Foram eles:
- Comunicação e Marketing na Era
Pós Digital – Walter Longo
- 11 Anéis – Phil Jackson
- A Lógica do Consumo – Martin
Lindstrom
- Meaningfull Marketing – Marcelo
Tripoli
- Como influenciar a mente do consumidor – Roger Dooley
- O catador de sonhos – Geraldo
Rufino
- TED, Falar, convencer e
emocionar – Carmine Gallo
- Branding, A arte de construir
marcas – Marcos Hiller
- Dá pra consertar – Julio Ribeiro
- Mentes consumistas – Ana Beatriz
Barbosa Silva
- A nova lógica do sucesso –
Roberto Shinyashiki
- 1992 O mundo em 3 cores – Raí
- 1993 Somos bicampeões do mundo –
Zetti
- Estratégias para tomada de decisões
– John Adair
- Neuromarketing aplicado a
redação publicitária – Lilian S. Gonçalves (não terminei)
Meta alcançada mas, em 2016, eu
pretendo ler mais do que 12 livros, afinal, na minha prateleira tem 18 livros
não lidos ainda. Se eu não comprar nenhum em 2016, o que será bem difícil, e
mantiver a meta de 2015, eu ainda terei livros para ler em 2017, mas eu
desenvolvi um cálculo para ler mais do que 12 livros ao ano, média de 1 por
mês, que repasso a vocês. Estou adotando essa metodologia desde o começo de
Dezembro e tem dado certo.
Se você ler 30 minutos por dia,
poderá ler em média 20 páginas de um livro no período. Depende muito da
velocidade em que você lê, eu por exemplo, leio um pouco mais devagar, pois eu
grifo o que eu acho interessante, portanto, alguns trechos leio 2 vezes. Vamos
manter essa média: 30 min = 20 páginas
Se o ano tem 365 dias, significa
que você poderá ler, em média, 7.300 páginas ao ano. 365 dias X 20 páginas =
7.300 páginas lidas.
Se em média, um livro tem 300
páginas (livros de marketing, por exemplo) você poderá ler 25 livros ao ano, o
que dará 2 livros em média por mês. Já está excelente e você só tem a ganhar
com isso.
Recentemente li um artigo que
dizia que se você ler 2 livros por dia – mesmo que um capítulo de cada – você
exercita seu cérebro e o abre para novidades, por isso, tenha em mente isso e
se motive a ler até 2 livros por dia, ou se não leu ontem, leia 1h hoje
Estou tentando, ler, pelo menos
1 hora por dia, assim consigo ler 2 livros ao mesmo tempo. Nem sempre é
possível, mas pelo menos 30 minutos ao dia eu me permito “perder” para ler
algum
Mantenha sempre 1 ou 2 livros na
cabeceira da cama. Isso facilita a preguiça de ler ir embora
Deixe o celular longe e a TV
desligada. Esses 2 eletrônicos, fatalmente, vão distrair você. Sendo bem
sincero, é muito mais interessante o livro do que ficar olhando o Facebook,
apesar, de viciante, faça esse exercício para você mesmo.
Por mais que você, de noite,
entre nas suas Redes Sociais para ler coisas relacionadas a trabalho ou as
notícias dos portais, reserve sempre 30 minutos para a leitura de um livro.
O ideal é que esses 30 minutos
sejam contínuos, mas se ler também em 3 períodos de 10 minutos, está bom.
Nunca, jamais, em hipótese
alguma, deite na cama, pegue o livro e coloque o despertador para tocar 30
minutos depois. Ler de olho no relógio fará você dar mais atenção ao relógio e
menos a leitura, logo, seu cérebro não vai fixar nada do que você leu e você
perdeu 30 minutos, quando na verdade, a leitura é um ganho para você
Se leu 30 minutos ontem, talvez,
hoje, você leia por 1h. Se conseguir, na semana, ao invés de ler 210 minutos, o
que daria cerca de 3h30, tente ler 5h. Tente pelo menos 3X na semana ler 1h.
Lendo 30 minutos por dia, ou seja, 210 minutos por semana, você vai ler em média
14h por mês, se conseguir ler 20h por mês, talvez consiga ler 50 e não 25
livros ao ano.
Onde você pode ler?
- Leia 30 minutos antes de dormir.
Até bom, pois a leitura com uma luz fraca (luminária, por exemplo) ajuda a
relaxar e dormir melhor
- Leia no ônibus, metrô, Uber ou
taxi. Não aconselho ler se está dirigindo, por mais que fiquemos as vezes 2h
parados, mas aconselho as vezes, ir de transporte público ao trabalho.
Economiza gasolina, estacionamento, você tende a ficar menos cansado e ainda
consegue exercitar a leitura nesses momentos. Eu pelo menos 2X por semana, vou
para o trabalho de ônibus
- Leia no almoço. Você pode adorar
ir almoçar com amigos do trabalho, mas as vezes, tem algo chato. Só falamos de
trabalho. Você não desconecta disso e é preciso para seu processo criativo. Por
isso, tente ao menos 1X na semana ir almoçar sozinho(a) e durante esse
intervalo, leia, no restaurante mesmo. Deixe de lado a internet, e-mails,
Facebook ou Twitter, pois fatalmente você ou vai trabalhar ou vai ler uma enxurrada
de coisas inúteis e ai sim perdeu tempo
- Leia no médico. Dificilmente o
seu médico atende você na hora marcada. Leia lá. No dentista, esperando sua
esposa/marido/namorada/namorado/noiva/noivo/filho/filha/pai/mãe na sua consulta
- Horário de verão? Pegue o livro,
sai as 18h do trabalho, vá para um parque, uma praça, um café. Sente lá, curta
o final do dia, o sol que vai embora umas 19h30 e leia. Você talvez, conseguirá
ler por 1h30, olha que legal!
E o que eu recomento você ler em
2016?
Bem, a lista acima eu recomendo
todos, mas aqui vão alguns outros
- Planejamento Estratégico Digital
– Felipe Morais (não posso deixar de fazer meu comercial)
- A empresa conectada – Dave Grey
- Carreia 360 graus – Célio
Antunes
- Nos bastidores da Coca-Cola –
Neville Isdell com David Beasley
- O cérebro consumista – Dr. A.K.
Pradeep
- As Armas da Persuasão – Robert
B. Cialdini
- Marketing na Era Digital –
Martha Gabriel
- Estratégias de Marketing e
Ecommerce – Sandra Turchi
- Fazer Acontecer – Julio Ribeiro
- Por dentro da mente do
consumidor – Philip Graves
- Marketing de atitude – Julio Ribeiro
- A cabeça de Steve Jobs – Leander
Kahney
- Estratégia – Max McKeown
- O desafio da inovação – Renato Cruz
- Entenda propaganda. 100
perguntas e resposta s- Julio Ribeiro, José Eustáquio
- Criatividade em propaganda –
Roberto Menna Barreto
- Gamefication – Flora Alves
- Innovatrix – Clemente Nobrega
- Problemas Oba – Roberto Shinyashiki
- O poder da atitude – Alexandre Slivnik
- O estrategista – Cynthia A.
Montgomery
- A Arte do Planejamento – Jon Steel
(esse está bem difícil de achar, mas se você quer trabalhar com planejamento,
esse livro é a “bíblia”da nossa área)
Boa leitura para 2016!!!
Mais de 2 mil pessoas já fizeram os cursos abaixo:
Abraços
Felipe Morais
@plannerfelipe
facebook.com/plannerfelipe
Brief são para ser desconstruídos
Amigos
Ultimamente vivemos um dilema: Qual é o futuro das agências? Sendo mais específico: Qual o papel do profissional de planejamento para os próximos anos?
Nessa era de abundância da informação, o cliente tem as mesmas - ou mais - informações que a agência, logo essa, tem que mostrar algo novo e que o cliente não sabe, não espera. Somado a isso, nós, profissionais de planejamento precisamos cada vez mais provocar a sadia discussão com o cliente que entendemos ser o melhor para os rumos das marcas com as quais trabalhamos. Equação na mesa, não é nada fácil chegar ao equilíbrio, mas há caminhos. E um deles é começar pelo início de toda a campanha: o brief.
Esse artigo não tem a missão de detonar ninguém. Mesmo porque briefs ruins geram campanhas ruins, mas é o papel da agência também provocar o cliente para entender a aprofundar mais o documento. Trabalhar a metodologia 5W2Hs nesse momento eu acho válido. Mas fica dúvida: por mais que o brief esteja excelente, ele é uma verdade?
Na Desconferencia de planejamento, a Tatiana da Nestlé soltou uma frase que eu avalio ser ótima "tenha um saudável desrespeito pelo seu cliente" em outras palavras, não aceite tudo do jeito que ele quer, pois nem sempre as pessoas sabem o que realmente querem. Por isso, se necessário desconstrua o brief, mas embase isso! Dizer "acho que não vai dar certo" não vai ajudar em nada...
O cliente espera inteligência estratégica da agência e, nós, profissionais de planejamento precisamos entregar essa inteligência. Esperam isso de nós e não o PPT ou Keynote. Não mostre que o cliente está errado, mostre, que suas pesquisas, insights, estudos e análises levam aquele projeto ou campanha para outro caminho é que sim, pode ser diferente do caminho pensado por ele. Provoque o pensamento no cliente!
Ofereça sempre mais! Neuromarketing ensina que quando as pessoas são surpreendidas por algo além do que esperam tendem a pagar mais por isso, ou seja, não se limite a verba por mais que o cliente tenha deixado claro que só tem aquele valor. Bons projetos conseguem valores extra de verba. Já passei por isso, você também já!
Recentemente passei por um caso assim. Obviamente sem citar nomes. Um cliente gostaria de uma estratégia para gerar e captar leads. A estratégia para isso é simples: mídia + landing page + Call Center ativo. O segredo não é a estratégia e sim a execução. Esse segredo é da agência. Ela é paga para fazer a mágica acontecer. Nenhum mágico conta seu segredo, mas ele faz a mágica. Chris Angel por exemplo, promete fazer um carro, a mais de 100km/h, sumir no meio do deserto. Ele faz, mas não conta como. Cumpre o que promete. Mas faz do seu jeito. E dá o resultado esperado!
Apresentamos ao cliente o que ele pediu. Aliás mostramos uma análise de comunicação da concorrência excelente. Digo no plural porque nenhuma agência é de uma pessoa só é ninguém faz nada sozinho. Os clientes gostaram, mas qual o momento em que caíram da cadeira? Quando viram que entendemos a fundo o seu negócio e como conquistaríamos o coração dos públicos. Aliás, ele passou que gostaria de atingir um determinado público e mostramos que ele poderia abrir, e muito, o leque!
A cada slide o cliente se empolgava pois ele estava diante de um plano de comunicação muito mais completo do que esperava, tinha recebido outra agência que apresentou "eu faço assim e custa X". Nós, literalmente, ousamos e desconstruimos o brief. Já ganharam uma concorrência ao final da sua apresentação? Tem sensação mais gostosa do que essa? Então busque isso!!!
Segundo Julio Ribeiro mais empresas quebraram por estarem estagnadas do que as que ousaram e o recado aqui é: seja ousado! Você, planejamento, é a pessoa dentro da agência que motiva a ousadia. Motive as pessoas a ousar, a buscar sempre mais, a superar limites. Pessoas motivadas conseguem! Eu sempre me lembro que Michael Jordan foi expulso do time de basquete da escola por não ter talento para o esporte e hoje é considerado o Pelé do basquete.
Para desconstruir um brief: estude muito o mercado, entenda a fundo o negócio do cliente, análise muito o consumidor ou consumidores e mostre o que é bom ou ruim da concorrência que possa ser um caminho a ser seguido. "Acho que não vai dar certo" só vai atrasar o processo! Investigue, discuta com o cliente, force-o a trazer mais informações pois lembre-se que o cliente não passa o dia todo montando briefs. Temos que ajudá-los!
Quer saber mais sobre PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DIGITAL?
Abraços
Felipe Morais
@plannerfelipe
facebook.com/plannerfelipe
Desconferência de Planejamento 2015
Amigos
No ultimo dia 12/12 o Grupo de
Planejamento realizou no prédio da Miami Ad School o seu principal evento do
ano, normalmente, chamado de Conferência de Planejamento, esse ano, a equipe do
GP quis inovar. E foi um evento bem interessante, com formato novo. Algumas
apresentações, mas teve muito bate papo, o que foi interessante. Infelizmente,
eu só pude participar de 2, Ulisses Zamboni e Fernando Diniz e Utymo Oliveira.
Tive a honra, de em 2006, fazer o Bootcamp e ter aula com essas 2 feras. O
Fernando, na época, estava na Young&Roubicam, hoje, é VP da DPZ&T e o
Ulisses já estava com a sua Agência Santa Clara, onde hoje é o CEO. Utymo, que
participou do debate com Fernando, foi meu colega de aula no Bootcamp, em 2006,
e fico muito feliz em ver que ele já passou pela diretoria de agências como
F/Nazca e Isobar. Hoje está na Almap, na diretoria de planejamento.
Resumidamente, o evento falou de
como os profissionais de planejamento precisam pensar a comunicação, sendo que
cada um tem a sua metodologia, sua forma de pensar, mas que é preciso pensar
antes do consumidor na pessoa, para depois pensar na ação. Interessante ver que
estou defendendo na minha vida profissional a mesma coisa que essas feras
fazem, isso porque eu os tenho como referências profissionais, por isso, tento
seguir seus caminhos e ensinamentos.
Palestra Ulisses Zamboni
- O modelo de aula ideal é fazer
com o que aluno olhe para dentro de si e encontre a sua forma de pensar e a sua
própria metodologia
- Planejamento não tem começo,
meio e fim
- O estrategista tem que ter uma
visão de mundo, ser flexível e entender que as coisas mudam. Aqueles que vem
com uma ideologia pronta, não servem para fazer estratégia
- Hoje vivemos o “Dilema do T”. As
pessoas olham tudo na horizontal, mas esquecem de ver na vertical, ou seja, a
parte de cima da letra T, significa como olhamos hoje as coisas de forma
horizontal e consequentemente de forma mais superficial. Já a parte de baixo da
letra T, significa analisar as coisas de forma vertical, ou seja, aprofundar.
Hoje, o Google está ai e achamos que ele é o oráculo, que ele nós dá todas as
respostas, quando na verdade ele é a parte de cima do T. Bons profissionais de
comunicação aprofundam temas relevantes para defender ao cliente
- Profissionais de planejamento
precisam apresentar ao cliente coisas que ele não sabe sobre o mercado e marca,
dados ele tem, inteligência sobre os dados e caminhos a seguir, nem sempre
- Durante o evento, foi citado o
Braincast de planejamento onde Ken Fujioka (presidente do GP) falou que
precisamos sair da bolha do escritório da vila olimpia. Ir mais para a rua,
entender mais o porque as pessoas estão comprando e como estão fazendo isso. Ai
vem uma opinião pessoal, onde eu acredito que o profissional de planejamento,
precisa ficar menos na sala de reunião e mais na rua, pois o consumo ocorre no
Shopping e não na sala de reunião.
- Planejamento vive! Cheguei a
citar uma entrevista que li do Ulisses Zamboni em 2010 (que coloquei na íntegra
no meu livro) onde ele dizia que “Profissionais de planejamento que tem uma
vida normal, entregam um planejamento normal”. Mais tarde, na outra discussão
(Com Fernando Diniz e Utymo Oliveira) foi falado muito do perfil maluco que o
planejamento possui, indo ao encontro do que Ulisses disse nessa entrevista de
2010
- A entrevista você pode ver no
site O Melhor do Marketing (http://www.omelhordomarketing.com.br/o-processo-de-planejamento/)
- O cliente nunca sabe o que ele
quer, a não ser que ele quer resultados. As vezes, nem o resultado ele sabe
qual é. O diretor estipula uma meta – que nem sempre tem embasamento e sim um
chute – e o gestor de marca quer um auxilio da agência para que ela traga esse
resultado
- Na plateia do evento, estava
Tatiana, gestora de marca da Nestlé que deu uma dica aos profissionais de
planejamento “tenha um saudável desrespeito pelo seu cliente e mostre a ele
coisas que ele não sabe” ou seja, apresentar estudos do Portal Exame, Veja,
IstoÉ ou Ibope, disponíveis na Internet, nem sempre é o caminho, pois o cliente
tem o mesmo acesso.
- TGI, Marplan, Focusgroup,
ComScore, Hitwise, não são mais privilégios das agências. Está mais difícil
apresentar dados que o cliente não saiba, mas não é isso que ele espera da
agência, ele espera inteligência estratégica de comunicação, por isso, cada vez
mais os profissionais de planejamento tem ganho importância no processo de
comunicação
- Coca-Cola, Unilever, Nestlé,
Kraft são algumas das empresas que estão recrutando profissionais de
planejamento de agências para seus times de marketing
- Profissionais de planejamento
não precisam se frustrar por não ter as respostas. Nem sempre teremos. No mundo
cada vez mais gerador de dados, o que precisamos fazer é provocar. Planejamento
provoca o cliente, o faz refletir, não lhe dá o caminho, mostra o caminho. É
diferente o processo, mas isso, nem todos enxergam
- O ser humano é competitivo por
natureza, logo, o cliente odeia quando a agência sabe mais que ele. Traga o
cliente para perto, provoque a reflexão e cheguem juntos na resposta, lhe dê a
sensação que ele é o gênio, mas dê todas
as pistas para ele chegar lá
- Um provocação a ser feita ao
cliente: Você ainda vende produtos? Pois as pessoas estão deixando de comprar
produtos, para comprar sonhos, estilo de vida, serviços entre outros conceitos.
O produto é o entregável, mas não se compra mais Coca-Cola, se compra algo que
mata a sede
- No futuro próximo, empresas vão
virar serviços, marcas serão mensagens. Não mais se venderá sabão em pó, se
venderá liberdade para viver com a família.
Palestra Fernando Diniz e Utymo Oliveira
- O profissional de planejamento precisa ser
diferente, no bom sentido da palavra, ser esquisito. Utymo citou que o
profissional não pode ser aquele cara normal, com vida normal, que é previsível
- Aqui tem a conexão com o que Ulisses
Zamboni, falou em 2010 no artigo que citei
- Planejamento precisa gostar de gente.
Fernando Diniz, jornalista de formação, conta que a sua experiência como
jornalista – no começo de carreira – fez ele contar histórias e isso o aproximou do lado humano de gostar de
pessoas
- Hoje o planejamento
precisa olhar fora da realidade de marcas e pessoas, entender que o mundo está
mudando de uma forma muito rápida, mais rápida que anos atrás e mais devagar do
que no futuro
- Não se faz planejamento
dentro do escritório no ar condicionado, é preciso ir para a rua.
- Diniz citou um exemplo,
de quando era repórter da Revista Trip, para fazer uma matéria, dormiu com
mendigos para vivenciar na pele o que era
- Não só por ser
jornalista, mas por ter passado 5 anos na F.Biz e ajudado a agência crescer de
50 para 280 funcionários, Fernando tem uma visão clara de que conteúdo será a
grande estratégia para as marcas nos próximos anos.
- Foi citado o jingle, o
comercial de TV, que ainda existem e nunca vão morrer, mas acredita-se que eles
perderão espaços para o conteúdo.
- Utymo citou que não
existe diferença entre planejamento e estrategista, muito menos o planejamento
criativo. O que existe é planejamento e pronto
- As novas gerações, como a
Z, estão mais conectados do que nunca e os filhos dessa geração virão ainda
mais.
- A Internet é uma
realidade na vida das pessoas, não das marcas
- Dentro da agência, Diniz
dá a dica de que o profissional de planejamento precisa ser claro com a
criação. Apresentar de maneira clara e objetiva seu ponto de vista. O
profissional de planejamento precisa ter opinião. E expressá-la. O criativo, na
maioria das vezes, vai dar porrada, mas quando se é relevante, ele o respeita.
- Não importa se você é
estagiário ou VP, ele vai respeitar pelo seu conhecimento e querer estar sempre
ao seu lado, pois entende que o trabalho dele será muito melhor com a sua
ajuda. Esse é um dos papeis do planejamento: fazer o trabalho da agência como
um todo ser ainda melhor
- Para fazer a diferença no
processo de comunicação, planejamento tem que ralar muito e entender que
estamos em um eterno aprendizado.
- Diniz citou que aos 39
anos, largou um emprego estável na maior agência de propaganda do país, a
Young&Rubicam, para ganhar menos na F.Biz, o grande motivo: aprender sobre
digital
- Planejamento tem que ler
muito. Ler tudo, de livro técnico a romance, de ir ao cinema, teatro, viajar.
Viajar muito e principalmente, sair o quanto puder da agência para viver a vida
das pessoas.
Um abraço e boa semana a todos
Felipe Morais
@plannerfelipe
facebook.com/plannerfelipe